tenho andado tão confusa que até dá medo...'

De novo, de novo, eu não canso. De novo fazendo romance em cima de um conto breve. (...) 

Oi, apareci. É, depois de tanto tempo sem vir até aqui sem dar pelo menos um eu estou bem resolvi voltar pra falar umas coisas. E nem doente minha inspiração me perdoa. Ando estressada, muito estressada. É muita coisa pra minha cabecinha, muita coisa mesmo. Preciso de férias, isso é fato. Mas férias de tudo. 

Será que eu sou daquelas mulheres que por mais que sempre fique achando que é auto-suficiente, sempre precisa daquele carinho e amor masculino.  Às vezes eu me pego pensando como eu consigo sair de um relacionamento e entrar em outro tão fácil. Será que eu sou tão fria ao ponto de não ter amado nem um pouco a pessoa anterior ou eu não consigo ficar sozinha? Pois é, queria entender...sinceramente.

Por todo valor que eu dê a minha liberdade eu tento ser tão carinhosa que acabo sufocando quem está comigo, mesmo não percebendo. Sou negativa demais; morro de medo de vir alguém e quebrar toda aquela barreira que demorei tempos para construir, apesar de tudo; não sei se aprendi a me magoar com pessoas. 

O problema de tudo isso é que eu não sei ser nada pela metade; ou eu confio ou não confio. Já tive esse meio termo, ai resolvi arriscar logo pra parte do eu confio e acabei tendo a pior decepção. Então não era você que eu esperava? Não! Eu esperava alguém que pudesse só me abraçar por um tempo maior que esses socorros rápidos que arrumo quando grito mais alto.

Depois de toda aquela história de um ano atrás eu não sei mais confiar. Por mais que eu tente uma parte minha não deixa; ai o que acontece? Vem a questão de segurança. Mesmo que eu não confie, eu preciso me sentir segura pra poder conseguir me soltar com alguém novamente.

Idai se eu posso ser feliz sozinha? Eu posso, mas não quero. E não me culpe por isso.

Fazem tempos que eu não sei o que me apaixonar e gostar de alguém por inteira, não sei mesmo. Sinceramente acho que nunca fiz isso de verdade; porque amor não se acaba, não desgasta, não sufoca. Demorei pra chegar a essa conclusão, mas cheguei. Da pior maneira, mas cheguei. Sou tão orgulhosa ao ponto de não querer admitir que eu como qualquer pessoa tenho medo. Mas não, eu preciso sempre ser a rocha pra não vir mais alguém e me fazer desmoronar.

Tenho que aprender a lidar com essas coisas, mais como? É complicado, quando penso que achei alguém que me passa segurança já fico com medo de fazer algo errado e tudo começar de novo, de novo e de novo. Não acredito que irá de existir alguém que me tire todos os medos, mas espero que exista alguém que me faça esquecer deles; sinceramente é o que eu mais quero.Nunca passa, mas quase passa todos os dias.

Talvez a minha incessante busca por achar alguém certo e nunca dando um tempo pode ser pelo fato de que eu sinto falta de alguma coisa, ou no caso de alguém. Sinto falta de alguém que me tire o folego de verdade, que eu possa confiar. Realmente, eu sinto falta.

Minha maior dor é não saber fazer a única coisa que me interessa no mundo que é amar alguém. 

Mas não desisto não, sou brasileira né? rs Um dia quem sabe há de aparecer o cara que me cure dessa loucura a um para termos a loucura a dois.

Por um instante quis sentir falta de alguém, mas não consegui me lembrar de ninguém. Por outro instante quis inventar uma pessoa, mas eu era tão de verdade naquele momento que me faltou capacidade para ser enganada. Na cidade mais romântica do mundo amei meu medo, meu quarto, minha cama, meu banheiro, minha coragem, minhas próximas horas pelo resto da vida, minha quase morte que agora me enchia de novidades, meu silêncio, a extensão do meu pânico curioso que iluminava toda a cidade, minha tranquilidade madura, toda a bagunça da minha cabeça. Sim, a garotinha branquelinha, assustada, sensível, cheia de ódios, cheias de erros e cheia de si, agora apenas recomeçava no corpo de uma mulher invisível. Amei que o mundo estava em festa e meu convite dava direito apenas a uma pessoa.

lembrar, era tudo que eu tinha a fazer.