domingo, 15 de janeiro de 2012

Que de todas...é a matriz.

(...) E até já dizem por aí, que ninguém vai conseguir se aproximar. Que o lápis no seu olho é pra afastar quem não quiser te ver feliz.'

Já faz um tempo que passei dos dezesseis. Não lembrava o quanto essa música me descrevia, o engraçado foi que achei que teriam outras que me fizessem chorar do jeito que essa faz. Sabe quando sua vida passa inteira passa na sua cabeça? Muitos dizem que isso acontece com quem passa perto da morte...então será que é por isso que minha vida inteira aparecia como uma novela quando ouvia matriz?

Será que dentro de mim eu sempre soube que era diferente e que meu destino era o oposto do que havia planejado ou pelo menos esperava? Bom, não faço ideia.

Não há ninguém assim, que faça prometer: Você vai ser a mais feliz. Sabe, ambas as épocas tem suas semelhanças, não acho que tenho mudado tanto assim. Mas mudei o contexto da frase acima.
É, preciso admitir que acreditava naquele príncipe do cavalo branco pra me levar embora e me fazer feliz; acreditava de verdade com todas as minhas forças que precisava ser salva pra isso. E sabe, já não é bem assim.

Com quase 20 anos ainda sou a matriz, a menina singular da música. Já entendi que sou diferente, que tenho algo especial que nem sempre compreendia. Continuo sendo a mesma menina de 16 anos que usava tenis preto all star e tinha medo de relacionamentos e preferia não tê-los muito perto, que não gosta de dormir no escuro, que ainda usa roupa preta e que pinta os olhos com lápis bem escuro, é mais orgulhosa que tudo nessa vida por medo de ferirem essa coisa gigante que tem por dentro. Mas a verdade, é que mesmo com tudo isso, a menina de 16 anos se tornou a mulher atual de quase 20; mas segura dela mesma...e entendeu que não é o príncipe que vai fazê-la ser completa. A matriz é inteira por si só.

Vou ficar até a festa acabar Só pra ver se ela vai...olhar pra mim.

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